quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O amor é lindo e poderoso



Gente apaixonada quer ficar junto, mas amor não é só isso. Um amor de verdade impulsiona sonhos, desperta nosso lado mais generoso e protetor, transforma pessoas e histórias. Por causa dele muita gente já se tornou melhor porque encontrou um motivo mais especial para viver. Não é à toa que os desenhos animados mostram o casalzinho enamorado ouvido sinos, flutuando no ar, vendo estrelas...
Uma força tão poderosa precisa ser direcionada para não termos conseqüências desastrosas. A sabedoria popular diz que “quem brinca com fogo acaba se queimando”. Todo cuidado é pouco: queimadura de amor dói muito! Como tudo que vale muito a pena, amor bonito exige sabedoria e maturidade. Não há receita garantida para dar certo, mas há alguns caminhos que visivelmente são mais perigosos que outros.
Alguns perigos vêm de muita confusão sobre o que é e o que não é o amor. Por exemplo: Ciúme faz parte do amor? Até que ponto? Amor exige que cada um ceda um pouco em favor do outro? Onde fica o limite dessa condescendência mútua?
Outros perigos vêm de uma sociedade que transforma tudo, inclusive o ser humano, em objeto de consumo. Aí deixa de haver uma relação entre pessoas e passa a haver uma “guerrinha” disfarçada, na qual cada um quer levar mais vantagem. Além disso, objeto de consumo é facilmente descartável depois de ter cumprido a sua finalidade de dar prazer, de preencher o tédio, de alimentar o ego de quem tem necessidade de mostrar que é capaz de uma conquista.
A questão do amor relaciona-se com a prática da relação sexual, com a sua busca do prazer e com o uso do corpo como uma forma de expressão. Nesse campo, vemos algumas coisas que podem tirar o amor de rumo. Por exemplo:
- Existe uma superexposição do corpo humano, fruto de exploração comercial. Para vender seja lá o que for, usa-se e abusa-se do corpo da mulher, e agora também do corpo do homem. A intimidade das pessoas vira argumento de publicidade. O corpo em questão deve estar dentro de certo padrão estético: quem não corresponde a esse padrão é desvalorizado.
- Trata-se a relação sexual como um encontro banal, tão simples como ir ao cinema ou comprar uma roupa nova. Preocupações maiores, quando há, referem-se a evitar gravidez ou doenças sexualmente transmissíveis, como se o chamado sexo seguro desse conta de todas as questões envolvidas nesse tipo de relação.
- O ambiente, cercado de apelos sexuais por todos os lados, pode levar gente muito jovem a queimar etapas, perdendo fases bonitas e importantes do namoro e criando outros problemas.
- Estabelece-se uma espécie de obrigação de aproveitar todas as oportunidades para mostrar – sabe-se lá pra quem – que a pessoa em um sucesso em matéria de sexo. Essa preocupação estraga os relacionamentos, causando tensões que não tem nada a ver com o afeto que deveria estar se desenvolvendo.
O pior é que tudo isso, que é feito com a intenção declarada de “esquentar” a relação, pode ter efeitos exatamente contrários: a banalização diminui a emoção, a pressa acaba com a aventura fantástica que é ir conhecendo a outra pessoa e deixando o coração curtir devagar cada novidade, cada palavra, cada gesto que indica que os dois estão ficando importantes e indispensáveis um para o outro.


Atividades:


1 - No texto “O amor é lindo e poderoso” Therezinha M. L. da Cruz faz uma afirmação dizendo que estamos diante “de uma sociedade que transforma tudo, inclusive o ser humano, em objeto de consumo”. Levando em conta essa afirmação, responda: Você concorda com essa afirmação? O amor poderá ser reduzido ou prejudicado quando o ser humano é visto apenas como uma mercadoria?
2 - Explique a seguinte frase: “Sem amor, o homem torna-se árido, incapaz de encantar-se com a vida e de envolver-se com ela”.