terça-feira, 19 de maio de 2009

A verdade está em toda parte?



Ensino Religioso


Há diversos modos de encararmos as religiões. Eis a mais tradicional: conhecemos apenas a nossa religião e achamos que só ela está com a verdade. Consideramos todas as outras falsas, problemáticas e até perigosas, fechando-nos em nossa fé de maneira radical e intolerante. Foi essa postura que gerou as guerras religiosas e o fanatismo de todos os tempos.
Outro ponto de vista é considerar que todas as religiões são manifestações da verdade – embora, é claro, vejamos a nossa como a mais verdadeira. Mas o fato de estarmos convictos da verdade de nossa fé não significa que as outras também não possam ser verdadeiras, ou, pelo menos, ter muitas verdades. Será que a verdade caberia numa única religião? Será que a verdade caberia numa única religião? Será que apenas um grupo detém toda a verdade e os outros estão excluídos? A idéia de que a verdade está em toda parte aproxima-nos de todas as criaturas humanas, permitindo-nos ver nelas traços em comum e perceber a universalidade de muitos preceitos religiosos.
Há, ainda, um terceiro ponto de vista, de algumas correntes da antropologia e da sociologia: a religião seria um fato social e cultural, e não espiritual e sagrado. Ela é uma criação humana e tudo o que as pessoas crêem faz parte de um mundo imaginário. E mais: não há nada em comum entre as diversas manifestações religiosas, pois elas são frutos das culturas e das circunstâncias históricas de cada época. Evidentemente nenhuma religião partilha esse ponto de vista, pois significaria declarar que não existe verdade em suas crenças. (INCONTRI, Dora; BIGUETO, Alessandro C. Todos os jeitos de crer: ensino inter-religioso. São Paulo: Ática, 2005.)
  • Atividades:
  • 1- Fazer um pesquisa a fim de compreender as possíveis diferenças entre as verdades da religião e as buscadas pela filosofia e pela ciência.
  • 2- Responda as seguintes questões, buscando expor suas idéias sobre a verdade:
  • a) Na sua opinião, o ser humano pode ter alguma certeza?
  • b) As verdades da religião, as verdades da ciência e as idéias propostas pela filosofia são confiáveis?

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Comunicação e linguagem

Obra: A Torre de Babel, 1563, de Pieter Bruegel.
  • 1- Leia o texto a seguir. Trata-se da passagem bíblica sobre a Torre de Babel.

11 E era toda a terra duma mesma língua, e duma mesma fala.

2 E aconteceu que, partindo eles do Oriente, acharam um vale a terra de Siner, e habitaram ali.
3 E disseram uns aos outros: Eia, façamos tijolos e queimamo-los bem. E foi-lhes o tijolo pó pedra, e o betume por cal.
4 E disseram: eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.
5 Então desceu o senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam;
6 E disse: Eis que o povo é um e todos têm uma mesma língua, e isto é o que começam a fazer e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.

A confusão das línguas

7 Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro.
8 Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade.9 Por isso se chamou o seu nome de Babel, porquanto ali confundiu o Senhor a língua de toda a terra, e dali os espalhou o Senhor sobre a face de toda a terra.

  • 2- Levando em conta o tema proposto, responda a seguinte questão: O que se tenta explicar por meio desse texto?

  • 3- Para pesquisar: Quais as vantagens e desvantagens de haver tantas línguas diferentes no mundo?

Linguagem não verbal, um convite à sensibilidade

A diferença fundamental entre a comunicação humana e dos animais é que a humana é simbólica, é fruto da inteligência abstrata. As pessoas surdas se comunicam por meio de gestos. Quando levantamos as mão e a abanamos, esse gesto pode estar no lugar de um cumprimento ou significar adeus. Usando a linguagem verbal ou não-verbal podemos descrever e representar o mundo, tornando compreensível para nós e para os outros.

  • 5-Responda: a) Baseando-se no vídeo, em que sentido podemos diferenciar o gesto dessa criança com os gestos dos animais?b) Na sua opinião, o que a criança queria expressar por meio de seus gestos? c) Podemos dizer que há uma boa e uma má comunicação entre as pessoas?

  • 6-Com base nos fatos até então vistos, explique a importância da linguagem gestual na comunicação humana.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Continuação das atividades baseadas no tema "LIBERDADE"


Obra de arte "Mulheres correndo na praia" de Pablo Picasso. (Já trabalhada)
1 Leia o trecho do texto “Ética para meu filho” de Fernando Savater (p. 29-30):

“Na realidade existem muitas forças que limitam nossa liberdade, desde terremotos e doenças até tiranos. Mas nossa liberdade também é uma força no mundo, nossa força. No entanto, se você conversar com as pessoas verá que a maioria tem muito mais consciência do que limita sua liberdade do que da própria liberdade. Muita gente lhe dirá: “Liberdade? Mas de que liberdade você está falando? Como podemos ser livres se nos fazem a cabeça através da televisão, se os governantes nos enganam e nos manipulam, se os terroristas no ameaçam, se as drogas nos escravizam, e se, além de tudo, não tenho dinheiro para comprar uma moto, que é o que eu desejaria?”Se você prestar um pouco de atenção,verá que aqueles que falam assim parece estar se queixando mas, na verdade, estão muito satisfeitos por saber que não são livres. No fundo, eles pensam: “Ufa! Que peso tiramos de cima de nós! Como não somos livres, não podemos ter culpa de nada que nos aconteça...” Mas tenho certeza de que ninguém – ninguém – acredita de verdade que não é livre, ninguém aceita tranquilamente que funciona como um mecanismo inexorável de relógio ou como uma térmita. Podemos achar que optar livremente por certas coisas em certas circunstancias é muito difícil (entrar numa casa em chamas para salvar uma criança, por exemplo, ou enfrentar um tirano com firmeza) e que é melhor dizer que não há liberdade para não reconhecermos que preferimos livremente o mais fácil, ou seja, esperar os bombeiros ou lamber as botas de que está pisando em nosso pescoço. Mas em nossas estranhas alguma coisa insiste em dizer: “Se eu quisesse...” Resumindo: ao contrário de outros seres, animados ou inanimados, nós podemos inventar e escolher, em parte, nossa forma de vida. Podemos optar pelo que nos parece bom, ou seja, conveniente para nós, em oposição ao que nos parece mau e inconveniente.”


2 Comparando suas idéias com as idéias até então debatidas e com as idéias apresentadas no texto realize a seguinte atividade:

- Construa um texto sobre o tema: “Liberdade e responsabilidade”.

Perguntas que poderão auxiliar:

O que é ser livre?
Somos realmente livres?
Qual é a relação entre liberdade e escolha?
Posso fazer escolhas se não sou livre?
Se sou livre posso escolher fazer tudo o que eu quiser?
Minhas escolhas poderão prejudicar a mim e aos outros?
È possível sermos livres e ao mesmo tempo assumir responsabilidades ou regras?
Se suas escolhas forem irresponsáveis, poderá tirar a liberdade de outras pessoas, ou vice-versa? (ex: transitar pela avenida a 120KM/H ou bater nos colegas).
Podemos ser livres em um mundo de irresponsabilidades ou onde todos possam fazer o que quiserem?
Como saberei se minhas escolhas são boas ou más?

3 Pesquisar sobre o filósofo Jean - Paul Sartre, trazendo informações sobre o seu pensar, idéias, pensamentos, biografia, obras, para ampliar os conhecimentos já vistos.
4- Para a próxima aula, trazer a pesquisa proposta na aula anterior sobre a Estátua da Liberdade e seu significado dentro do contexto americano - construção, símbolo, ponto turístico etc.