quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O amor é lindo e poderoso



Gente apaixonada quer ficar junto, mas amor não é só isso. Um amor de verdade impulsiona sonhos, desperta nosso lado mais generoso e protetor, transforma pessoas e histórias. Por causa dele muita gente já se tornou melhor porque encontrou um motivo mais especial para viver. Não é à toa que os desenhos animados mostram o casalzinho enamorado ouvido sinos, flutuando no ar, vendo estrelas...
Uma força tão poderosa precisa ser direcionada para não termos conseqüências desastrosas. A sabedoria popular diz que “quem brinca com fogo acaba se queimando”. Todo cuidado é pouco: queimadura de amor dói muito! Como tudo que vale muito a pena, amor bonito exige sabedoria e maturidade. Não há receita garantida para dar certo, mas há alguns caminhos que visivelmente são mais perigosos que outros.
Alguns perigos vêm de muita confusão sobre o que é e o que não é o amor. Por exemplo: Ciúme faz parte do amor? Até que ponto? Amor exige que cada um ceda um pouco em favor do outro? Onde fica o limite dessa condescendência mútua?
Outros perigos vêm de uma sociedade que transforma tudo, inclusive o ser humano, em objeto de consumo. Aí deixa de haver uma relação entre pessoas e passa a haver uma “guerrinha” disfarçada, na qual cada um quer levar mais vantagem. Além disso, objeto de consumo é facilmente descartável depois de ter cumprido a sua finalidade de dar prazer, de preencher o tédio, de alimentar o ego de quem tem necessidade de mostrar que é capaz de uma conquista.
A questão do amor relaciona-se com a prática da relação sexual, com a sua busca do prazer e com o uso do corpo como uma forma de expressão. Nesse campo, vemos algumas coisas que podem tirar o amor de rumo. Por exemplo:
- Existe uma superexposição do corpo humano, fruto de exploração comercial. Para vender seja lá o que for, usa-se e abusa-se do corpo da mulher, e agora também do corpo do homem. A intimidade das pessoas vira argumento de publicidade. O corpo em questão deve estar dentro de certo padrão estético: quem não corresponde a esse padrão é desvalorizado.
- Trata-se a relação sexual como um encontro banal, tão simples como ir ao cinema ou comprar uma roupa nova. Preocupações maiores, quando há, referem-se a evitar gravidez ou doenças sexualmente transmissíveis, como se o chamado sexo seguro desse conta de todas as questões envolvidas nesse tipo de relação.
- O ambiente, cercado de apelos sexuais por todos os lados, pode levar gente muito jovem a queimar etapas, perdendo fases bonitas e importantes do namoro e criando outros problemas.
- Estabelece-se uma espécie de obrigação de aproveitar todas as oportunidades para mostrar – sabe-se lá pra quem – que a pessoa em um sucesso em matéria de sexo. Essa preocupação estraga os relacionamentos, causando tensões que não tem nada a ver com o afeto que deveria estar se desenvolvendo.
O pior é que tudo isso, que é feito com a intenção declarada de “esquentar” a relação, pode ter efeitos exatamente contrários: a banalização diminui a emoção, a pressa acaba com a aventura fantástica que é ir conhecendo a outra pessoa e deixando o coração curtir devagar cada novidade, cada palavra, cada gesto que indica que os dois estão ficando importantes e indispensáveis um para o outro.


Atividades:


1 - No texto “O amor é lindo e poderoso” Therezinha M. L. da Cruz faz uma afirmação dizendo que estamos diante “de uma sociedade que transforma tudo, inclusive o ser humano, em objeto de consumo”. Levando em conta essa afirmação, responda: Você concorda com essa afirmação? O amor poderá ser reduzido ou prejudicado quando o ser humano é visto apenas como uma mercadoria?
2 - Explique a seguinte frase: “Sem amor, o homem torna-se árido, incapaz de encantar-se com a vida e de envolver-se com ela”.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O homem e a tecnologia

Texto I

A humanidade espera com volúpia novas descobertas: substâncias para debelar definitivamente a dor, sistemas para acabar com o lixo radioativo transformado em matérias inócuas, novas fontes de energia, técnicas adequadas para eliminar o barulho e a fome e reabsorver a poluição. Paralelamente, nunca tivemos tantas ferramentas para eliminar as quatro escravidões da escassez, da tradição, do autoritarismo e do cansaço físico.
Aristóteles, citado várias vezes porque é o pai da cultura ocidental, sonhava: se cada ferramenta pudesse, a partir de uma ordem dada, trabalhar por conta própria, se os teares tecem sozinhos, se o arco tocasse sozinho nas cordas da cítara, então os empreendedores poderiam privar-se dos operários e os proprietários, dos escravos. Nunca, como hoje, estivemos tão perto da realização desse sonho: fábricas inteiramente informatizadas já estão em operação em ter dos cinco continentes. O mito de Sísifo pode finalmente ser reescrito.
Como se sabe, o herói grego foi punido pelos deuses por excesso de engenhosidade. Segundo a explicação clássica, tendo ele cometido um pecado intelectual, foi punido em compensação com uma pena material: transportar por toda a eternidade uma rocha até o topo de um monte e, quando ele precipitava de novo até a base, tornar a pegá-la e levá-la outra vez até o alto do monte. Em plena sociedade industrial, o escritor francês Albert Camus reinterpretou esse mito: sendo Sísifo um intelectual, o seu verdadeiro sofrimento não se consumava na subida, quando a sua mente estava toda ocupada pelo esforço sobre-humano de transportar a rocha até o topo. O seu verdadeiro sofrimento era quando, com a pedra mais uma vez no alto do monte, Sísifo tinha que descer a escarpada e, sem nenhum esforço, tinha toda a trágica consciência de ter sido condenado pela crueldade dos deuses a um trabalho inútil e sem esperança.
Para nós, homens pós-industriais, há uma terceira alternativa. Sísifo ao qual delegará a canseira do transporte inútil e banal e se sentará no alto do morro para contemplar o seu robô em função, saboreando enfim a felicidade do ócio prazeroso. (MASI, Domenico de. Em busca do ócio. In: Veja 25 anos: reflexões para o futuro. São Paulo: Abril, 1993, p. 48-9. Livro integrante Veja, 26 (38), 22 set. 1993.).

Texto II

Ciência, tecnologia, comunicação, ação à distância, princípio da linha de montagem: tudo isso tornou possível o Holocausto. A perseguição racial e o genocídio não foram uma invenção de nosso século e herdamos do passado o habito de brandir a ameaça de um complô judeu para desviar o descontentamento dos explorados. Mas o que torna tão terrível o genocídio nazista é que foi rápido, tecnologicamente eficaz e buscou o consenso servindo-se das comunicações de massa e do prestígio da ciência.
Foi fácil fazer passar por ciência uma teoria pseudocientífica, porque, num regime de separação dos saberes, o químico que aplicava os gases asfixiantes não julgava necessário ter opiniões sobre a antropologia física. O Holocausto foi possível porque se podia aceitá-lo e justificá-lo sem ver seus resultados. Além de um número, afinal restrito, de pessoas responsáveis e de executantes diretos (sádicos e loucos), milhões de outros puderam colaborar à distância, realizando cada qual um gesto que nada tinha de aterrador.
Assim, este século soube fazer do melhor de si e o pior de si. Tudo o que aconteceu de terrível a seguir não foi senão repetição, sem grande inovação.
O século do triunfo tecnológico foi também o da descoberta da fragilidade. Um moinho de vento podia ser reparado, mas o sistema do computador não tem defesa diante da má intenção de um garoto precoce. O século está estressado porque não sabe de quem se deve defender nem como: somos demasiado poderosos para poder evitar nossos inimigos. Encontramos o meio de eliminar a sujeira, mas não o de eliminar os resíduos. Porque a sujeira nascia da indigência, que podia ser reduzida, ao passo que os resíduos (inclusive os radioativos) nascem do bem estar que ninguém quer mais perder. Eis porque nosso século foi o da angústia e da utopia de curá-la. Com um superego mais forte, a humanidade se embaraça num mal que conhece perfeitamente, confessa-o em público, tenta purificações expiatórias às quais se juntam as igrejas e os governos e repete o mal porque ação a distância e linha de montagem impedem identificá-los no inicio do processo. Espaço, tempo, informação, crime, castigo, arrependimento, absolvição, indignação, esquecimento, descoberta, crítica; nascimento, longa vida, morte... tudo em altíssima velocidade. Um ritmo de stress. Nosso século e o do enfarte. (ECO, Umberto. Rápida Utopia. In: Veja 25 anos: reflexões para o futuro. São Paulo: Abril, 1993, p. 114-5. Livro integrante Veja, 26 (38), 22 set. 1993.).

Atividades:

Desenvolvam um texto baseando-se das seguintes questões:
- Quais as idéias prrincipais de cada texto?
- Os dois textos são incompatíveis? Um nega o outro?
- Com qual deles vocês concordam? Por quê?

O homem e o trabalho

De onde vem a palavra trabalho? (aula 27-10)

Vem do latim tripaliare - "tortura por meio de um tripalium", instrumento feito de três paus aguçados, algumas vezes ainda munidos de pontas de ferro, no qual os agricultores bateriam o trigo, as espigas de milho e o linho, para rasgá-los e esfiapá-los.
Ainda que originalmente o tripalium fosse usado no trabalho do agricultor, para o trato do cereal, é do uso desse instrumento como meio de tortura que a palavra trabalho significou, por muito tempo, algo como padecimento e cativeiro.
Assim sendo, e aliado ao sofrimento, passou a significar esforçar-se, laborar e obrar. A evolução veio a partir do século XV no sentido que vemos hoje: trabajo(espanhol); trabalho (catalão); travail (francês) e travaglio (italiano).
Para o psicanalista e escritor austríaco Igor Caruso, "o trabalho é uma inevitavel infelicidade humana".

Atividades (aula 27/10):
1- Você concorda com a concepção do psicanalista Igor ou acha que o trabalho é uma realização humana, uma realização que faz história, seja como fardo, prazer ou obrigação?

2- Observe a obra abaixo e desenvolva um texto baseando-se nas seguintes questões:
- O que você vê nessa obra?
- O que você sente ao ver essa imagem?
- Por que o ser humano trabalha?
- Será que o principal sentido da vida é trabalhar?

Clique no link e veja a imagem com melhor qualidade: http://rpassaro.zip.net/images/por.jpg

Atividades (aula 10/11) (em desenvolvimento)

1 - Leia a letra da música dos Paralamas do Sucesso

Paralamas Do Sucesso - Capitão De Indústria

Eu às vezes fico a pensar. Em outra vida ou lugar. Estou cansado demais

Eu não tenho tempo de ter.O tempo livre de ser. De nada ter que fazer. É quando eu me encontro perdido. Nas coisas que eu criei. E eu não sei. Eu não vejo além da fumaça. O amor e as coisas livres, coloridas. Nada poluídas

Eu acordo pra trabalhar. Eu durmo pra trabalhar. Eu corro pra trabalhar. Eu não tenho tempo de ter. O tempo livre de ser. De nada ter que fazer. Eu não vejo além da fumaça que passa. E polui o ar. Eu nada sei. Eu não vejo além disso tudo. O amor e as coisas livres, coloridas. Nada poluídas

Ouça a música Capitão de Indústria:http://www.youtube.com/watch?v=scdNn8M3qME

2-Tendo por base a letra da música "Capitão de indústria", exponha sua compeensão sobre a seguinte questão: que relação a música faz entre tempo e trabalho?

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A Violência


O problema da violência se agrava a cada dia, ampliando-se a tal ponto que já convivemos com ele como se fosse normal. Entretanto, suas conseqüências são terríveis e chegam até a ameaçar a sobrevivência humana. Talvez a violência seja outro mal causado pela ausência de sentido; afinal, hoje tudo parece inútil, até mesmo a vida, que era considerada o maior bem.
A mensagem da violência está tão difundida e banalizada que, com freqüência, vemos até crianças e jovens cometer atos de extrema violência: espancar, linchar uma pessoa ou atear fogo nela apenas para se divertir, sem maiores sentimentos... Parece que a vida perdeu o valor. Por que isso acontece?
A resposta pode ser: as crianças e os jovens estão cada vez mais sozinhos, cada vez mais distantes da cultura e carentes de amor e de orientação. Os novos valores do mundo contemporâneo os afetam. Nada tem sentido, os valores espirituais se perderam o vazio tomou conta de todos. Isso faz com que a violência cresça e pareça banal. Precisamos fazer alguma coisa para mudar isso.
Tomemos emprestada a mensagem de Santo Agostinho, filosofo cristão, contra a violência. Ele coloca o amor como o oposto da violência. Somente o amor pode eliminar esse mal. O amor distingue as ações humanas! Muitas pessoas podem parecer boas – até a violência pode nos seduzir e vir acompanhada de boas razões -, mas não derivam do amor. Se amamos estamos livres para fazer qualquer coisa. Se todas as nossas ações saírem do coração, delas só poderá nascer o bem.
O amor em sentido profundo, de doação, de cuidado, de bondade, de saber dar sem nada pedir em troca é a única superação de grande parte da violência.

Referência Bibliografica: (INCONTRI, Dora; BIGUETO, Alessandro C. Todos os jeitos de crer: ensino inter-religioso. São Paulo: Ática, 2005.)


Atividades:

a)Na sua opinião, a forma como os jovens estão buscando sentido para suas está contribuindo para o aumento da violência? Justifique.

b) Que solução você sugere para o problema da banalização da violência na sociedade e entre os jovens?

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Somos os outros dos outros

(Alberto Cortés)

Nunca estamos satisfeitos com o que fazem os outros
e vivemos sozinhos, sem pensar nos outros,
como lobos famintos espreitando os outros,
convencidos de que são nosso alimento os outros.

Os erros são vasos que atiramos nos outros,
os acertos são nossos, nunca dos outros.
Cada passo, uma tentativa de pisar nos outros,
e é cada vez mais forte a batida da porta na cara dos outros.

As verdades ofendem, se ditas pelos outros;
as mentiras são vendidas se as compram os outros.
Somos juízes mesquinhos do valor dos outros,
mas não aceitamos que nos julguem os outros.

Apagamos a luz que, por amor aos outros,
acendeu em uma cruz quem morreu pelos outros.
Porque torna-se um peso compreender os outros,
caminhamos às escuras sem pensar nos outros.

Nosso tempo é valioso, não o dos outros,
nosso espaço precioso, não o dos outros.
Nos sentimos pilotos do andar dos outros,
onde estivermos nos suportem os outros.

Condenamos a inveja, se a inveja é dos outros,
se é nosso o descaso, não o entendem os outros.
Nos sentimos escolhidos entre todos os outros,
mais do que perfeitos, em relação aos outros.

Esquecemos que somos os outros dos outros.
que temos o ombro como todos os outros;
Carregamos nas costas, uns menos que outros,
vaidade e modéstia como todos os outros.

Esquecemos que somos os outros dos outros,
nos fazemos de surdos ao chamados dos outros.
Pois é pura bobagem escutar os outros,

chamamos de mania o amor do outros.



Aulas de Ensino Religioso Prof° Diego Bechi


Atividades:



a) Após ler a letra da música “Somos os outros dos outros” de Alberto Cortés, destaque as
informações que você mais se identificou e escreva um texto expondo suas idéias sobre as mesmas.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

O homem e o consumo: a sociedade só pensa em prover as suas necessidades ou quer o supérfluo como sendo essencial?

A sociedade na qual estamos inseridos caracteriza-se pelo consumo. Sociedade e consumo são questões interligadas historicamente. Nas civilizações antigas, a vida relacionava-se diretamente ao ato de suprir carências básicas. Com o passar do tempo, o ato de consumir passou a ter relações com o contexto da economia familiar de troca, basicamente agrária e, como dizem os especialistas, as necessidades (bens e serviços) estavam ligadas às atividades produtivas de um ambiente reduzido.
Com a industrialização (século XVIII), as produções de bens perdem características mercadológicas. Assim, a sociedade passou a consumir/comprar o que os outros produziam fora do ambiente mais próximo. No século XX, as bases de uma cultura de consumo massificada já se encontram totalmente bem instaladas.
No mundo atual, a globalização por excelência, o consumo tornou-se uma problemática social. As pessoas, influenciadas pelas mais diversas formas de “marketing”, compram absurdamente na tentativa de suprir necessidades, muitas vezes, de ordem emocional. Na verdade, a sociedade do século XXI apresenta-se para o homem como sendo um modelo novo de comportamento.
Os seres humanos do século XXI, além de todas as problemáticas que enfrentam, participam de um modelo social totalmente subvertido, no que diz respeito a valores necessários. Há muito que consumir deixou de ser tão-somente uma ação primaria/básica e passou a ser um processo desgovernado, no qual vários fatores atestam a sua desconexão com reais carências do homem, a saber: a abundancia de produção ou “produtivismo”; “o desenvolvimento do marketing”; “a introdução de novas técnicas de comercialização”; “a expansão dos transportes e das comunicações”; “a revolução dos meios de comunicação social”; “a socialização dos bens e serviços”; “o lazer como produto de consumo”. Todos os fatores citados e mais alguns são pressupostos de análise diante das ações consumistas do homem moderno.
Em meio ao caos instalado, o sujeito social, o ser humano, enfrenta uma dupla dificuldade: por um lado, é um indivíduo potencialmente consumidor e, por outro, um indivíduo imerso em um meio social consumista, à margem do fato de atuar ou não como consumidor.
Ser um sujeito capaz de consumir é, em todos os sentidos mercadológicos, ser um individuo com potencialidades sociais. Comprar é o verbo que aciona o jogo do consumo e quem não o utiliza faz parte da margem. Fica fora do núcleo, não pertence ao grupo seleto dos homens contemporâneos.
Embora a estrutura econômica dite as regras de uma sociedade tipicamente consumista, não devemos perder de vista que, historicamente, o responsável por qualquer desequilíbrio social é o próprio homem, e que esse indivíduo que faz e coordena a sua própria economia. Nos últimos anos, nas sociedades avançadas, têm surgido algumas iniciativas políticas e sociais que desempenham um papel fundamental no que diz respeito aos chamados direitos do consumidor.
Referencia Bibliográfica
MORAIS, Armando; COSTA, Maria S. Ética e cidadania: valores humanos. Recife: Editora Construir, 2001.

1- Após o trabalho realizado em sala de aula sobre o consumismo, chegou a hora de pesquisar e escrever quais os direitos de um consumidor:


quinta-feira, 18 de junho de 2009

De onde vem o mundo?


O valor dos mitos

O ser humano sempre quis conhecer sua origem e seu destino, e a primeira forma de responder a suas indagações sobre o Universo, a realidade e a vida foram os mitos - belas histórias que fazem parte da tradição cultural de um povo e cuja origem é desconhecida. Os poetas Homero e Hesíodo, por exemplo, principais fontes sobre os mitos gregos, não são criadores: apenas registraram os mitos contados nas tradições dos vários povos que ocuparam a Grécia.
Os povos antigos transmitiam seus conhecimentos e saberes por meio da mitologia, que influenciou a cultura de todos os tempos co suas explicações sobre a vida, a natureza e a origem dos povos, com seu sistema de valores e com suas histórias de heróis e deuses. Encontramos nos mitos importantes concepções da criação do Universo, que até hoje permanecem no pensamento humano.

De onde viemos?

Para os antigos, os mitos revelavam a verdade que o ser humano não poderia conhecer por si mesmo. Como começou tudo aquilo que ele contemplava no céu? Como, do nada, as coisas passaram a existir?
A mitologia varia muito de uma cultura para outra, mas, segundo a maioria dos mitos, no começo tudo era caos, uma escuridão vazia ou um mar infinito. Do vazio, surge o criador primeiro ou dois seres iniciais. Os criadores dão forma ao Universo, ordenando o movimento das estrelas e da Lua e criando a terá. Depois, outras divindades continuam a criação, fazendo surgir plantas, os animais e a espécie humana.
Em certos mitos, as divindades nada faziam antes da criação. Os deuses moravam dentro de um imenso “ovo cósmico”; quando esse ovo se partiu ao meio uma das metades formou o céu e a outra se tornou a terra. Chineses, astecas, africanos e hindus acreditavam nessa explicação para a formação do mundo.
Outros mitos contam que o mundo foi criado por uma poderosa deusa em forma de serpente que morava no fundo do mar. Em lendas gregas, africanas, australianas e hindus, ela vivia dentro do ovo cósmico.
Na criação, o ser humano só surge depois do aparecimento do cosmo (Universo) e das divindades. Mitos africanos, chineses e outros contam que o primeiro ser humano nasceu do barro, moldado pelos deuses como um vaso de cerâmica.
Os egípcios afirmam que os humanos foram criados das lágrimas derramadas pelo deus sol quando este reencontrou seus filhos Chu e Thefnut. Em outras explicações, os humanos nascem da terra. Para os índios norte-americanos e os gregos, por exemplo, o primeiro Sr humano teria nascido do solo.
Por parte, das Américas à Oceania, da Ásia à África, há semelhança entre os mitos que falam sobre a criação do Universo e da humanidade.
O nascimento da filosofia e, mais tarde, da ciência trouxe uma forma diferente de explicar a realidade, mas não rompeu completamente com as explicações míticas. A filosofia não conta histórias, mas procura achar uma explicação racional para tudo. A ciência procura observar os fatos.
Para os filósofos Pitágoras e Platão. O surgimento do cosmo e da ordem é atribuído à ação divina, como nos mitos. Platão explica por uma espécie de deus que organiza a matéria e dá origem a todas as coisas. Mas esse deus não é criador: é um deus organizador do caos, que estabelece a ordem cósmica.
Já outros filósofos consideram que a realidade tem explicações racionais e físicas, e não temos necessidade de recorrer aos deuses para explicar o que quer que seja. Nasceu daí o conflito de idéias que permanece até hoje na discussão filosófica e científica: para uns, o Universo foi criado ou, pelo menos, organizado por um ser inteligente; para outros, teve origem em causas naturais.

1- Faça uma pesquisa e exponha sua compreensão sobre os dois principais conceitos referentes às narrativas da criação do mundo: criacionismo e evolucionismo.
2- Qual é sua opinião sobre a seguinte colocação: "tudo na vida e na natureza pode evoluir e se modificar segundo leis naturais e físicas. Porém, isso não exclui a presença divina no Universo e nas leis que o regulam".

terça-feira, 19 de maio de 2009

A verdade está em toda parte?



Ensino Religioso


Há diversos modos de encararmos as religiões. Eis a mais tradicional: conhecemos apenas a nossa religião e achamos que só ela está com a verdade. Consideramos todas as outras falsas, problemáticas e até perigosas, fechando-nos em nossa fé de maneira radical e intolerante. Foi essa postura que gerou as guerras religiosas e o fanatismo de todos os tempos.
Outro ponto de vista é considerar que todas as religiões são manifestações da verdade – embora, é claro, vejamos a nossa como a mais verdadeira. Mas o fato de estarmos convictos da verdade de nossa fé não significa que as outras também não possam ser verdadeiras, ou, pelo menos, ter muitas verdades. Será que a verdade caberia numa única religião? Será que a verdade caberia numa única religião? Será que apenas um grupo detém toda a verdade e os outros estão excluídos? A idéia de que a verdade está em toda parte aproxima-nos de todas as criaturas humanas, permitindo-nos ver nelas traços em comum e perceber a universalidade de muitos preceitos religiosos.
Há, ainda, um terceiro ponto de vista, de algumas correntes da antropologia e da sociologia: a religião seria um fato social e cultural, e não espiritual e sagrado. Ela é uma criação humana e tudo o que as pessoas crêem faz parte de um mundo imaginário. E mais: não há nada em comum entre as diversas manifestações religiosas, pois elas são frutos das culturas e das circunstâncias históricas de cada época. Evidentemente nenhuma religião partilha esse ponto de vista, pois significaria declarar que não existe verdade em suas crenças. (INCONTRI, Dora; BIGUETO, Alessandro C. Todos os jeitos de crer: ensino inter-religioso. São Paulo: Ática, 2005.)
  • Atividades:
  • 1- Fazer um pesquisa a fim de compreender as possíveis diferenças entre as verdades da religião e as buscadas pela filosofia e pela ciência.
  • 2- Responda as seguintes questões, buscando expor suas idéias sobre a verdade:
  • a) Na sua opinião, o ser humano pode ter alguma certeza?
  • b) As verdades da religião, as verdades da ciência e as idéias propostas pela filosofia são confiáveis?

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Comunicação e linguagem

Obra: A Torre de Babel, 1563, de Pieter Bruegel.
  • 1- Leia o texto a seguir. Trata-se da passagem bíblica sobre a Torre de Babel.

11 E era toda a terra duma mesma língua, e duma mesma fala.

2 E aconteceu que, partindo eles do Oriente, acharam um vale a terra de Siner, e habitaram ali.
3 E disseram uns aos outros: Eia, façamos tijolos e queimamo-los bem. E foi-lhes o tijolo pó pedra, e o betume por cal.
4 E disseram: eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.
5 Então desceu o senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam;
6 E disse: Eis que o povo é um e todos têm uma mesma língua, e isto é o que começam a fazer e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.

A confusão das línguas

7 Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro.
8 Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade.9 Por isso se chamou o seu nome de Babel, porquanto ali confundiu o Senhor a língua de toda a terra, e dali os espalhou o Senhor sobre a face de toda a terra.

  • 2- Levando em conta o tema proposto, responda a seguinte questão: O que se tenta explicar por meio desse texto?

  • 3- Para pesquisar: Quais as vantagens e desvantagens de haver tantas línguas diferentes no mundo?

Linguagem não verbal, um convite à sensibilidade

A diferença fundamental entre a comunicação humana e dos animais é que a humana é simbólica, é fruto da inteligência abstrata. As pessoas surdas se comunicam por meio de gestos. Quando levantamos as mão e a abanamos, esse gesto pode estar no lugar de um cumprimento ou significar adeus. Usando a linguagem verbal ou não-verbal podemos descrever e representar o mundo, tornando compreensível para nós e para os outros.

  • 5-Responda: a) Baseando-se no vídeo, em que sentido podemos diferenciar o gesto dessa criança com os gestos dos animais?b) Na sua opinião, o que a criança queria expressar por meio de seus gestos? c) Podemos dizer que há uma boa e uma má comunicação entre as pessoas?

  • 6-Com base nos fatos até então vistos, explique a importância da linguagem gestual na comunicação humana.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Continuação das atividades baseadas no tema "LIBERDADE"


Obra de arte "Mulheres correndo na praia" de Pablo Picasso. (Já trabalhada)
1 Leia o trecho do texto “Ética para meu filho” de Fernando Savater (p. 29-30):

“Na realidade existem muitas forças que limitam nossa liberdade, desde terremotos e doenças até tiranos. Mas nossa liberdade também é uma força no mundo, nossa força. No entanto, se você conversar com as pessoas verá que a maioria tem muito mais consciência do que limita sua liberdade do que da própria liberdade. Muita gente lhe dirá: “Liberdade? Mas de que liberdade você está falando? Como podemos ser livres se nos fazem a cabeça através da televisão, se os governantes nos enganam e nos manipulam, se os terroristas no ameaçam, se as drogas nos escravizam, e se, além de tudo, não tenho dinheiro para comprar uma moto, que é o que eu desejaria?”Se você prestar um pouco de atenção,verá que aqueles que falam assim parece estar se queixando mas, na verdade, estão muito satisfeitos por saber que não são livres. No fundo, eles pensam: “Ufa! Que peso tiramos de cima de nós! Como não somos livres, não podemos ter culpa de nada que nos aconteça...” Mas tenho certeza de que ninguém – ninguém – acredita de verdade que não é livre, ninguém aceita tranquilamente que funciona como um mecanismo inexorável de relógio ou como uma térmita. Podemos achar que optar livremente por certas coisas em certas circunstancias é muito difícil (entrar numa casa em chamas para salvar uma criança, por exemplo, ou enfrentar um tirano com firmeza) e que é melhor dizer que não há liberdade para não reconhecermos que preferimos livremente o mais fácil, ou seja, esperar os bombeiros ou lamber as botas de que está pisando em nosso pescoço. Mas em nossas estranhas alguma coisa insiste em dizer: “Se eu quisesse...” Resumindo: ao contrário de outros seres, animados ou inanimados, nós podemos inventar e escolher, em parte, nossa forma de vida. Podemos optar pelo que nos parece bom, ou seja, conveniente para nós, em oposição ao que nos parece mau e inconveniente.”


2 Comparando suas idéias com as idéias até então debatidas e com as idéias apresentadas no texto realize a seguinte atividade:

- Construa um texto sobre o tema: “Liberdade e responsabilidade”.

Perguntas que poderão auxiliar:

O que é ser livre?
Somos realmente livres?
Qual é a relação entre liberdade e escolha?
Posso fazer escolhas se não sou livre?
Se sou livre posso escolher fazer tudo o que eu quiser?
Minhas escolhas poderão prejudicar a mim e aos outros?
È possível sermos livres e ao mesmo tempo assumir responsabilidades ou regras?
Se suas escolhas forem irresponsáveis, poderá tirar a liberdade de outras pessoas, ou vice-versa? (ex: transitar pela avenida a 120KM/H ou bater nos colegas).
Podemos ser livres em um mundo de irresponsabilidades ou onde todos possam fazer o que quiserem?
Como saberei se minhas escolhas são boas ou más?

3 Pesquisar sobre o filósofo Jean - Paul Sartre, trazendo informações sobre o seu pensar, idéias, pensamentos, biografia, obras, para ampliar os conhecimentos já vistos.
4- Para a próxima aula, trazer a pesquisa proposta na aula anterior sobre a Estátua da Liberdade e seu significado dentro do contexto americano - construção, símbolo, ponto turístico etc.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Atividades "Paz e Justiça social"

No decorrer das aulas em que trabalhamos o tema "Paz e justiça social" realizamos algumas atividades, entre elas: ouvimos e debatemos a música "Muros e Grades - Engenheiros do Hawaii", assistimos o vídeo "Segurança fruto da justiça", além do estudo de alguns textos relacionados a esse tema. Tendo por base o trabalho até então realizado, execute as seguintes atividades:
1- Exponham as questões elaboradas subjetivamente na aulo do dia 23-04, nas quais estavam embasadas no vídeo "Segurança fruto da justiça";
2- Responda a seguinte questão: você concorda com a opinião de Arnaldo Jabor quando ele afirma que a violência tem vida própria? Se assim for, é possível criarmos uma cultura de paz?
3- Atividade conclusiva: Elabore um texto sistematizando as idéias e conhecimentos expostos até o momento. Busque utilizar as questões recém apresentadas que estiverem relacionadas ao problema base do trabalho, a fim de respondê-las. Enfim, o texto deverá estar ancorado no seguinte tema: "Paz é fruto da justiça"
Perguntas que poderão auxiliar:
- É possível uma sociedade justa onde prepondere a paz?"
- Quais são os empecilhos que prejudicam a criação de uma cultura de paz?
- Quais são as possíveis ações a serem realizadas?- Por que há injustiças?- Quais são as causas da violência?
- Como ela pode ser combatida?
Vídeo: Arnaldo jabor e as causas da violência